Agora, vamos falar do grande problema, que de fato é o título da matéria que é a baixa qualidade dos substratos vendidos e a dificuldade de se conseguir bons substratos no mercado e o que podemos estar fazendo para amenizar esses problemas.
Quando começamos a cultivar orquídeas é aquela empolgação só. Ficamos deslumbrados com tamanha beleza de suas flores, queremos comprar todas e acabamos comprando nossas primeiras plantas, mas sem nos dar conta com o tempo nos deparamos com a planta ficando feia e até morrendo e quando vamos pedir socorro geralmente escutamos que é preciso trocar de substrato, pelo fato de está muito ruim. Pois bem gente é quase sempre isso que acontece e aí é onde os iniciantes ficam mais perdidos, pois não sabem onde comprar substratos e as informações encontradas muitas vezes são totalmente desencontradas, o que atrapalha mais do que ajuda. Conclusão, acabam comprando casca de pinus, ou fibra de coco em floricultura ou gardens e aí vêm aquela casca horrível super grande em tamanhos e para piorar sem tratamento algum, mas o vendedor garante que é própria para orquídeas. Além disso, às vezes achamos sacos de ditos substratos para orquídeas com mistura de cascas de pinus e outros materiais, porém quando se abre os sacos o negócio parece mais terra do que tudo, ou seja, imprestável para o cultivo e o pior que esses ditos "substratos" costumam ser de marcas conhecidas pelos cultivadores. Tem ainda um tal de cocoxim(o nome já diz tudo se adicionar um acento circunflexo no último "o" rs) que é puro pó de coco que pelo amor de Deus! Não dá! Concluindo pessoal isso tudo foi dito porque é muito comum as pessoas reclamarem que não acham substratos e de fato não acham, porque não tem. O que encontramos em grande maioria nas floriculturas, lojas de agropecuárias, gardens são materiais que são imprestáveis para o cultivo com uma qualidade péssima ou sem tratamento algum e muitas vezes nem tem nada. Mas aí, tem os orquidários comerciais e os produtores de substratos para orquídeas que vendem material de qualidade. Sim, de fato tem, porém esses locais costumam ser longe dos consumidores e na maior parte dos casos é necessário a compra pela internet e aí existe outro vilão que é o tal do frete que encarece muito o produto e muitas vezes as pessoas desistem de comprar por isso.
Pois é gente, esse é um problema sério aqui no Brasil na maioria dos locais e que ainda vai continuar sendo, pois existem poucos produtores de substratos(felizmente com qualidade) e a maior parte está localizada no Estado de São Paulo, portanto ou gastamos um pouco mais e compramos esses materiais de qualidade garantida ou então precisamos nos virar de alguma maneira. Preocupado com essa problemática da dificuldade de encontrar bons substratos vou falar agora algumas dicas que podem ajudar a contornar este problema.
Primeira dica é tentar organizar grupos de compra, se a distância dos bons locais forem um problema. Os grupos de compra ajudam a baratear o frete, pois todos comprando ao mesmo tempo e o substrato sendo recebido em um único local, no final o frete vai ficar mais barato, devido a maior quantidade de material e ainda com o rateio entre os participantes da compra dilui-se ainda mais esse frete, cabendo no bolso de quem participa.
Outra dica são as exposições de orquídeas. As exposições sempre são ótimos locais para compra de bons substratos e a vantagem é que existem exposições quase que no Brasil inteiro ao longo de todo o ano em várias cidades diferentes. É sempre bom ficar ligado no calendário oficial de exposições da CAOB e também tentar se informar sobre as exposições que não são da CAOB, pois existem várias espalhadas pelo Brasil afora.
A outra dica é a compra de materiais inertes, como Brita, Argila expandida, que são materiais mais fáceis de achar e bem mais baratos, principalmente a brita e são fáceis de preparar garantindo uma ótima opção de substrato para suas plantas.
Ainda existe a opção de fazer o tratamento de cascas, como a casca de coco, a casca de macadâmia e a própria casca de pinus, para quem preferir esta opção ou tiver em sua propriedade esses materiais em abundância. Esta parte de tratamento será abordada agora de modo mais aprofundado.
Tratamento de remoção de taninos e higienização de substratos:
Então pessoal se realmente vocês têm dificuldades em encontrar substrato e exposições ou compras coletivas são inviáveis, mas se acha casca de pinus para forração(sem tratamento) ou se tem esses materiais na propriedade pode-se proceder o tratamento para remoção dos taninos desses materiais. O procedimento em si é muito simples e qualquer um pode fazer sem grandes problemas.
- Primeiramente as cascas devem ser lavadas para remover o pó, se existente e devem ser quebradas em tamanhos adequado para as raízes das orquídeas. Em geral as sacas de casca para forração vem em tamanhos muito grandes, portanto é necessário partir em tamanhos menores. O tamanho varia do tipo de orquídea a ser plantada, mas em geral se usa pedaços de tamanho mediano. Para os que possuem trituradores agrícolas na propriedade essa tarefa se torna bem mais simples e com a regulagem da máquina é possível escolher o tamanho que quiser dos pedaços, de acordo com a necessidade;
- Próximo passo é submeter o material a um molho que durará o tempo que for necessário. Este molho consiste em colocar o substrato em um recipiente, que varia de acordo com a quantidade a ser preparada e então se enche de água até cobrir todo o substrato e então vai deixando até que a água fique com uma cor escura. Em geral, se troca a água do molho todo o dia e esse processo se repete até que a água não fique mais escura. Pode-se adicionar um pouco de água sanitária na água do molho para acelerar a dissolução dos taninos. A água fervente pode ser usada após o último molho ou antes de iniciar o processo dos molhos para diminuir o tempo do tratamento. Pode-se deixar o substrato ferver por um tempo até que a água fique escura e após esse procedimento escorrer a água e iniciar o molho propriamente dito. O processo do molho, em geral leva em torno de uma semana, mas pode demorar mais ou menos, dependendo do material que está sendo tratado;
- Próximo passo é enxaguar e deixar o substrato secar. Para os que possuem mais recursos pode-se aferir o seu PH e caso necessário fazer a correção adicionando calcário dolomítico na porção de substrato que fora tratado;
- Existe ainda a opção de fazer uma torra parcial, indicada apenas para o substrato a base de macadâmia. Essa torra parcial é feita após o tratamento do molho e serve para remover qualquer resíduo de polpa que pode ficar e a função dessa torra é apenas para evitar problemas com ratos. A torra deve ser feita em fornos convencionais, a lenha ou autofornos e deve-se tomar cuidado para não torrar demais a ponto de transformar em carvão e assim perder as propriedades da macadâmia;
- Após o tratamento deixar o substrato secar e guardar, de preferência em sacos e em locais secos e arejados para que suas propriedades não se alterem e inicie a sua degradação;
- Quando se usa a água sanitária no molho automaticamente já está se fazendo a desinfecção deste material.
Preparo da brita para uso:
- A brita, o pedrisco de areia, o seixo rolado e derivados devem ser primeiramente bem limpos, removendo todo o pó e material indesejado que possa vir junto. Usa-se geralmente uma peneira de malha adequada para a brita que está trabalhando e água corrente para remover todo o material indesejado;
- Após essa remoção coloca-se a brita de molho em água até que cubra toda a quantidade de brita e adiciona-se água sanitária ou outro produto desinfetante e deixa-se um tempo, que pode ser de 15min a 1h, dependendo do que for usado;
- após esse tempo escorra e enxágue a brita e a armazena em algum recipiente, como baldes, sacos ou outros e já está pronta para usar.
Preparo do carvão:
- Deve-se usar carvão novo, sem uso e nunca o que já foi queimado;
- quebra-se ele nos tamanhos adequados;
- lave-o bem em água corrente;
- armazenar e está pronto para usar.
Casca de pinus e chip de coco de molho |
detalhe da água escura escorrida do molho da casca de pinus e chip de coco. |
Lavando a brita |
brita de molho em água com água sanitária |
brita enxaguada e pronta para uso. |
Critérios para determinar um bom padrão de qualidade dos substratos:
Então pessoal, agora vamos tentar aprender a identificar se um substrato é ou não de boa qualidade, informação essa que pode nos ajudar muito na hora de comprar e de evitar grandes problemas com nossas plantas.
Um substrato para ser de boa qualidade deve ser:
- novo, com os pedaços íntegros e sem cheiro de terra;
- deve está limpo, sem pó e sem materiais estranhos, como folhas, bichos e lixo;
- deve está de tamanho adequado para o enraizamento das orquídeas, ou seja, nem grosso demais, nem fino demais.
Quanto a questão de integridade e limpeza, com um bom olhar ao ir comprar o substrato e apalpando o material, conseguimos ver se ele está bom ou não. Ao apertar uma casca de pinus, por exemplo, se ela estiver íntegra e resistir a pressão dada com os dedos está boa e pode ser usada, mas se ela afundar, se quebrar ou esfarelar esquece! Não presta para o cultivo! Continuando ainda com o pinus, ao comprar verifique também se os pedaços não têm a espessura muito fina, ou seja, lembrando escamas, pois esses também não são muito adequados, pois degradam muito rápido e ainda podem compactar. Prefira pedaços maciços e grossos, pois esses têm uma durabilidade muito maior.
No caso do chip de coco, este deve está íntegro ao aperta sem afundar muito ou esfarelar na mão.
Ao ir comprar um substrato e se sentir qualquer cheio que lembre terra molhada nunca compre, pois ele já está se deteriorando sendo imprestável para o cultivo.
Em algumas localidades que possua empresas que fazem o beneficiamento do baru ou macadâmia e comercializem as suas cascas pode-se comprar este material, lembrando que deve-se proceder a quebra e o tratamento para remoção do tanino e no caso da macadâmia a torra parcial também, antes de utilizar.
Pessoal, o que eu tinha para falar era isso. Sei que o assunto é amplo e caberia até mais discussões que podem ser desenvolvidas com os comentários e respostas claro! Mas como a matéria em si já está grande demais ficarei por aqui, mas espero que possa ter ajudado a todos e que nos facilite muito na hora de comprar e preparar nossos substratos e que a recompensa por essas exigências seja mais e mais flores e plantas bonitas!
Fortes abraços a todos e até a próxima postagem pessoal!!!
No caso do chip de coco, este deve está íntegro ao aperta sem afundar muito ou esfarelar na mão.
Ao ir comprar um substrato e se sentir qualquer cheio que lembre terra molhada nunca compre, pois ele já está se deteriorando sendo imprestável para o cultivo.
Em algumas localidades que possua empresas que fazem o beneficiamento do baru ou macadâmia e comercializem as suas cascas pode-se comprar este material, lembrando que deve-se proceder a quebra e o tratamento para remoção do tanino e no caso da macadâmia a torra parcial também, antes de utilizar.
Pessoal, o que eu tinha para falar era isso. Sei que o assunto é amplo e caberia até mais discussões que podem ser desenvolvidas com os comentários e respostas claro! Mas como a matéria em si já está grande demais ficarei por aqui, mas espero que possa ter ajudado a todos e que nos facilite muito na hora de comprar e preparar nossos substratos e que a recompensa por essas exigências seja mais e mais flores e plantas bonitas!
Fortes abraços a todos e até a próxima postagem pessoal!!!
Boa tarde!
ResponderExcluirEstou com problemas de cochonilhas nas phalaenopsis agosto de 2015, pulverizo sabão de coco com alho batido, mas na semana seguinte novas cochonilhas aparecem, o que devo fazer? e nas dendobrium tem uma mosca que põem ovos nas folhas novas causando seu aprodecimento, o que fazer? estou perdendo minha coleção de dendobrium por conta desta praga. Obrigada e aguardo retorno.
Olá Marisa! Você teria como enviar fotos para o e-mail do blog: orquideassemmisterio@gmail.com
ExcluirEnvie fotos das plantas e dos problemas e me diga como é o seu ambiente de cultivo e como suas plantas estão sendo cultivadas? Regas, substrato, adubos, etc para que possa lhe ajudar melhor.
Fico no aguardo. Forte abraço e até a próxima!
Saudações. Sou um orquidófilo de primeira viagem e vasculho a internet em busca de orientações. Este é o post mais completo que encontrei na internet a respeito de substratos. Você deve ter um orgulho muito grande em fazer o seu trabalho, pois percebe-se que não regula a quantidade de informação que passa, passando seu conhecimento com riqueza de detalhes. Parabéns e muitas felicidades! Obrigado.
ExcluirInstagram: @orlando.rodrigues.984786
Olá,
ResponderExcluirTenho um pequeno orquidário e depois que começou esse problema de substrato perdi muitas orquídeas, pois não consigo fixá-las no vaso.
Elas ficam bambas!
Cobri com plástico e sombrite mas não sei se está certo, pois num dos lados as plantas ficam meio amareladas.
Gostaria de saber se você tem como me ajudar.
Muito obrigada.
Olá,
ResponderExcluirTenho um pequeno orquidário e depois que começou esse problema de substrato perdi muitas orquídeas, pois não consigo fixá-las no vaso.
Elas ficam bambas!
Cobri com plástico e sombrite mas não sei se está certo, pois num dos lados as plantas ficam meio amareladas.
Gostaria de saber se você tem como me ajudar.
Muito obrigada.
Olá Maria! Olha a fixação da planta no substrato e vaso é fundamental e para isso você pode está lançando mão de várias técnicas de tutoramento que sejam adequadas às mais diversas situações. Algumas destas técnicas estão explicadas nas postagens sobre tutoramento e replante, que se encontram na parte de cultivo básico em dicas de cultivo, no menu do blog.
ExcluirQuanto ao lado amarelado é fundamental que se tenha também o sombreamento lateral do orquidário para evitar que o sol lateral penetre diretamente podendo amarelar ou até queimar suas plantas.
Bom, espero ter ajudado, mas tendo mais dúvidas é só perguntar. Forte abraço e até a próxima!
Oi Andrew, tudo bem?
ResponderExcluirPara melhorar a luminosidade estou mudando minhas orquideas de lugar, tirando de uma varanda e passando para uma área aberta da garagem com sol pela manhã e sombrite 50% para evitar o sol do meio dia.
Não pretendo cobrir com plástico, mas como aqui chove bastante , pretendo usar nos vasos argila expandida e chips de coco como substrato, numa proporção de 70×30%.
Estou em fase de teste com alguns exemplares.Mesmo com chuvas fortes e frequentes não está encharcando.Se eu regar a noite e não chover, na metade do dia seguinte já tá seco.
Devido a altitude também tem muito orvalho, mesmo no verão.
O que acha? A argila expandida daria bons resultados nessas proporções? É um substrato razoável?
Olá! Olha ao invés de usar a argila expandida que muitos não gostam dos resultados dela você poderia estar usando a Brita que é bem melhor e também tomar cuidado com o chip de coco, pois ele apodrece rápido deixando o substrato bem ruim e se o seu local é úmido poderia até fazer o teste de cultivo na brita pura ou misturado com algum outro material para que fique mais leve, como isopor ou casca tratada de pinus ou macadâmia.
ExcluirOlá, colega Andrew! Sou engenheiro-agrônomo (ENA-1972), mas já me aposentei e comecei recentemente uma pequena orquideocultura como passatempo. Parabéns pelo seu "blog", que é um dos poucos, em português ou outro idioma, que trata o assunto profissionalmente, sem achismos.
ResponderExcluirNa região de Campinas onde moro passou um tornado há umas quatro semanas, que arrancou muitas árvores, entre elas ipês com mais de 20 anos. Também muitas telhas foram arrancadas. Estou pensando em aproveitar algumas toras de ipê e picá-las, para preparar substrato para catléias à base de pedacinhos de madeira + cacos de telha, obviamente limpos e fervidos previamente.
Entretanto, notei que os pedaços de ipê tingem a água de uma cor avermelhada, principalmente se os fervo e/ou adiciono um alcalinizante (carbonato de sódio). Não encontrei nada na literatura sobre o teor de taninos em madeira de ipê, e se estes seriam prejudiciais a orquídeas. Você tem alguma informação a respeito?
Em tempo: fiz o mesmo teste também com algumas lascas de sansão-do-campo de troncos que foram quebrados pela ventania, e o resultado foi semelhante (água avermelhada). Os testes foram feitos com a parte avermelhada do tronco; não testei ainda a parte clara. Isto é curioso, pois costuma-se recomendar o sansão-do-campo para cultivo de orquídeas sobre madeira.
Pergunto-me se o que estou extraindo é de fato tanino ou algum corante vegetal?
Agradeço desde já sua atenção.
Olá Francisco Fiquei sabendo desses tornados e das tempestades violentas que caíram pela sua região. Foi bem feia a coisa mesmo. Então a madeira do ipê e do sansão do campo realmente são madeiras muito indicadas para o cultivo de orquídeas, devido a sua durabilidade, resistência e por elas aderirem bem a essas madeiras, principalmente suas cascas que são bem pobres em taninos, tanto que o ipê e o sansão é interessante você utilizar os toquinhos com casca e tudo para estar plantando suas mudas. Agora quanto ao uso da madeira picada como substrato é o seguinte: Realmente a literatura é pobre quanto a questão de teores de tanino, mas os taninos são relativamente fáceis de observar pois são substâncias bastante solúveis em água e tingem a com facilidade e geralmente esses taninos, assim como outros compostos fenólicos são mais encontrados no cerne os tornando mais duros e mais resistentes ao apodrecimento e pragas e nota-se também que as raízes evitam um pouco esse cerne vermelho, principalmente se ele está cortado recentemente, sendo interessante fazer o tratamento para remoção do excesso desse tanino, deixando de molho e trocando a água até que ela saia bem limpa, mas existe também alguns corantes vegetais que podem ser diluídos e não necessariamente são danosos, mas na dúvida o tratamento é sempre recomendado, além de deixar que a madeira seque bem ao natural para melhorar sua qualidade e durabilidade.
ExcluirObrigado pela presteza na resposta, Andrew. Acabei encontrando alguma coisa na literatura sobre o teor de taninos do ipê-rosa (aprox. 3%) e sansão-do-campo (aprox. 8%). Realmente o teor é baixo no ipê-rosa, mas nem tanto no sansão-do-campo. (Na verdade, nem sei ao certo o que seria um teor alto demais para orquídeas.)
ExcluirDe qualquer modo, vou picar uma parte das toras de ipê e deixá-la de molho, como de praxe. O sansão-do-campo vai servir para fabricar toquinhos. Em ambos os casos, o substrato será posteriormente seco ao sol depois do tratamento.
Um abraço.
Olá Eng. Andrew boa noite! Quando vc fala sobre a desinfecção dos substratos, no finzinho você diz: "Quando se usa a água sanitária no molho automaticamente já está se fazendo a desinfecção deste material.".
ResponderExcluirEntão não precisa seguir os outros passos? Acho que vou mudar para macadâmia, mas é como você falou: o vendedor diz que pode usar direto. Eu sempre fiz a desinfecção, mas a macadâmia é a primeira vez. Muito agradecida.
Olá Olga! Isso, isso mesmo, quando se usa água sanitária no molho para remoção dos taninos por tabela já estará desinfetando não precisando fazer uma esterilização posterior, agora se você já compra um substrato pronto e tratado, teoricamente não necessitaria fazer a esterilização pois ele costuma já vim pronto e esterilizado, mas se mesmo assim houver dúvidas pode-se fazer sem problema algum.
ExcluirOlá gostaria de tirar uma dúvida, posso utilizar casca de nozes e casca de castanha do pará para misturar no substrato? Elas tem alguma substância que pode prejudicar as raízes? No caso de poder utilizar como devo higienizá-las? obrigada!
ResponderExcluirOlá! Somente testando para saber, pois não é um material usual. No teste dará para saber a durabilidade o enraizamento a retenção de umidade e outros fatores, agora como cascas de noses e castanhas costumam ter taninos é recomendável fazer o tratamento do molho, semelhante ao que se faz da casca de pinus para remoção do tanino. Coloque de molho com um pouco de água sanitária e vá trocando a água todos os dias até ela sair limpa.
ExcluirParabéns,amei a matéria...
ResponderExcluirObrigado!!
ExcluirOla Andrew! Adorei o post! Estou seguindo as suas dicas no tratamento de substrato, na casca de pínus e macadâmia. No tratamento da casca de pínus, notei que é bem mais complexo. Fiz os primeiros procedimentos, porem o tempo mais ou menos estipulado, é pouco. Digo isso porque eu cozinhei a casca, depois fiz o molho inicial usando a água sanitária durante uma semana e parei, o restante passei a usar só água, porem apos 15 dias a água estava saindo clara,mas eu resolvi dar uma desinfetada, usando no molho água sanitária. Tomei um susto! No dia seguinte, fui averiguar, a água estava da cor de chá preto ralo, ou parecido com água ferruginosa.Então passei a trocar o molho todos os dias. Porem água continua com cor acima citada, porem mais fraca, Troquei hoje, amanhã vou verificar, se continuar a sair a água com cor, continuarei a usar.
ResponderExcluirOlá!! É isso aí e dependendo da casca pode realmente demorar um pouco mais, dependendo da quantidade de água também. O bom para esse tratamento é utilizar galões grandes para melhorar a solubilidade e agilizar o processo. A água sanitária dá uma boa acelerada, mas fique atento, pois não adianta de nada se esses casca já estiverem velhas em estado mais avançado de decomposição e não estarem firme. O melhor sempre que possível é adquirir substratos já pronto em orquidários ou produtores de substratos de orquídeas ou exposições, pois evita toda essa trabalheira, mas o caminho é esse aí mesmo. Forte abraço!!
ExcluirSeguindo o que dizz essa mat´ria, eu mesma estou tratando as cascas de pinos. Tinha bastante, elas estavam de guarnição em um vaso de vidro com uma planta artificial. Primeiro deixei de molho dois dias, sempre tocando a água. Após fazer isso, coloquei água fervendo, ai a água saiu bem escura, gora estou fazendo a troca de água que, já está bem clarinha. Aproveitando, tenho um muro bem grande que só bate sol por uma hora no período da tarde, é nele que vou colocar as orquídeas que comprei e ainda não chegou. Elas podem tomar 1 hora de sol?
ResponderExcluirEsqueci de dizer que também coloquei água sanitária para desinfcção
ExcluirOlá! O tratamento está certinho! Agora em relação ao sol se for sol forte não, pois irá queima-las. Se for sol após 16:30 aí já está fraquinho e até pode, mas se for sol forte somente se colocar uma estrutura com tela de sombrite adequada para filtrar o sol.
ExcluirA borra de café consegui impedir que o tanino machuque as raízes da orquidea ou só deixando de molho na água mesmo
ResponderExcluirOlá! Não a borra não tem essa capacidade.
ExcluirPesquisando(muito) sobre tanino, cheguei a essa excelente matéria, a melhor de todas que encontrei. Agradeço imensamente sua generosíssima informação.A leitura dos comentários também foi muito útil (sobre em que lugar do tronco se concentra o tanino, por ex.). Estou em Niterói, a nível do mar. Iniciei minha viagem pelo fantástico mundo vegetal já tardiamente, perto dos 60 e da aposentadoria. Pra compensar o tempo perdido(nessa área específica) , estudo bastante e cultivo espécies diversas (que todas me encantam). Quanto ao tanino, sempre tive cuidado com a casca de côco, que tenho muito em casa, mas essa da casca de pinus, que julgava já pronta ao uso, me derrubou. Comprei um grande saco - vermelhinho!! - que prejudicou muito minhas orquídeas e também bromélias. Sobra muito no saco e quero aproveitar. Pra mim não serviria nem pra cobertura.
ResponderExcluirAgora as dúvidas, se puder ajudar:
1)A respeito do tamanho adequado dos componentes do substrato. Uso brita, casca de pinus, chip de côco (parte eu mesmo faço), carvão, e já há algum tempo dispensei o esfagno que deteriora muito rápido e tem o perigo da umidade excessiva. Você diz "O tamanho varia do tipo de orquídea a ser plantada, mas em geral se usa pedaços de tamanho mediano. ". Meus vasos são de pequenos a médio mesmo. Pelas suas fotos, embora a brita e a casca de pinus pareçam pequenas (menores do que eu julgava serem suficientemente adequadas), não pude chegar a uma conclusão do tamanho dos pedaços. Você poderia me dar uma escala em centímetros?
2 - Tenho muitas cascas de mangueira e algumas toras de cedro. Mangueira eu sei que apodrece rápido, infelizmente. Retirei uns galhos maiores semi-queimados de uma fogueira (desinfectados, certo?) para amarrar orquídeas neles (não como substrato, deu certo). E mais, as raízes já grossas de hera são bem fortes e têm uma durabilidade muito boa. Retirei uma hera bem antiga (raiz mais grossa) de um grande muro. Vou colocar na água pra ver o tanino, mas não me parece que isso seja problema nelas.
Um abraço,
Priscilla Mattos
Olá! Realmente o mundo das plantas é fantástico e nunca é tarde para buscar o conhecimento!
ExcluirPrimeiro quanto ao tamanho dos pedaços para boa parte das orquídeas de tamanho mediano a grosso de raiz pode-se utilizar pedaços variando de 1 a 2cm de diâmetro, que é o mesmo da brita 1 e para as de raízes finas pode-se usar pedaços entre 0,3 a 0,5cm em média, ou semelhante a brita zero.
Quanto a raiz faça o teste do tanino, mas sendo uma raiz sem taninos e bem resistente deve agradar as orquídeas e realmente toco de mangueira ou casca apodrecem bem rápido não sendo uma boa para utilizar, embora elas enraizem bem.
Começo elogiando sua matéria sobre a remoção de tanino dos possíveis substratos.Tenho uma palmeira no quintal, não consigo saber o nome dela mas ela produz fibras próximo às folhas que parecem ser boas para as orquídeas.Se eu remover o tanino delas,posso utilizá-las como substrato?
ResponderExcluirNo aguardo,
Daisy
Olá! Daisy! È necessário testar, após a palha está bem seca e pós tratamento testar em um grupo de plantas e observar o enraizamento e a durabilidade desse material Existe algumas tentativas de substrato a base de fibras de algumas palmeiras no mercado, mas nada muito difundido ainda.
ExcluirBom dia, Andrew.
ResponderExcluirTenho procurado "receitas" de substratos caseiros para orquídeas na rede e encontrado vários com pequenas variações.
Lascas de casca de pinus, brita, pedaços de casca de coco ("chips"), fibra de coco, carvão vegetal e isopor para aumentar o volume sem acréscimo de peso, parecem ser os principais.
Não entendo nada de orquídeas e nem as cultivo: minha esposa tem uma que parece estar sofrendo e apontaram-me o substrato como possível responsável, uma vez que as demais condições de contorno mantêm-se constantes: ela está no mesmo lugar, sob as mesmas condições de insolação e rega há anos sem apresentar problemas.
Bem, minha pergunta poderá causar-lhe estranheza e conto com sua paciência para respondê-la.
Sempre imaginei que a alimentação das orquídeas em vasos viesse da decomposição de parte do substrato.
O carvão é longevo e, sendo basicamente carbono, carece das substâncias necessárias; brita parece-me indigesta; estiropor é praga perene.
Sobravam a casca de árvores e os derivados de coco e, portanto, se algum desses dois estivesse já em fase de decomposição, melhor para a orquídea.
"Se estiver com cheiro de terra, descarte, pois não serve como substrato".
E pronto! Eis que você desmonta toda minha crença! Essa parte do substrato, a única que eu considerava comestível, deve estar íntegra, não apresentar sinais de atividade bacteriana de decomposição e ser totalmente inerte gracas às esterilizações feitas.
Bem, agora só me resta perguntar-lhe singelamente: de que vivem as orquídeas?
Forte abraço e muito obrigado pela atencao.